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terça-feira, 31 de outubro de 2017

"O DIABO, LUTERO E O PROTESTANTISMO" por Pe. Júlio Maria, S.D.N.

                                                                                                                                                                    FONTE: "O DIABO, LUTERO E O PROTESTANTISMO" por Pe. Júlio Maria, S.D.N.                                                                                                                                                                                                         1. A crônica dos monges do convento do Lutero refere que um dia, ao recitarem o ofício, ao ser lida no Evangelho a história do surdo-mudo possesso pelo demônio, de repente o nosso herói caiu no chão, e, em contorções horríveis, exclamou: Não sou eu! Não sou (o possesso) (Grisar 44).                                                                                                     2. Fato curioso, que se poderia qualificar como o da obsessão do apóstatas, é o pensamento de Satanás, a persegui-lo, e a quem atribui todos os seus reveses: ele vê demônios em toda parte: - um ruído nas galerias da igreja de Erfurt, durante o seu sermão; a quês de umas pedras, em Gotha, durante a sua palestra; um incômodo, que o impediu de continuar viagem, tudo isso ele considerou produzido pela ação dos poderes infernais.                                                                                                                            3. Dois pontos sobressaem em Lutero, quando de sua permanência no castelo de Wartburgo: a sua idéia com relação ao demônio e as grandes tentações de que foi acometido. Em suas cartas a cada passo refere-se às suas relações com o diabo, enquanto ali esteve. Não só diz ele ter ouvido ali o demônio, no tremendo barulho que o parecia perseguir dia e noite, mas assevera tê-lo visto, sob a sensível aparência de um cão preto, dentro do seu quarto. Deste espetáculo terrível Lutero nos dará uma idéia, mais tarde, em suas conversas de taberna: "Quando estava em meu Patmos”, diz ele, “tinha fechado, dentro dum armário, um saco de nozes de avelãs. Certa noite, apenas me deitara, começou um barulho infernal nestas novzes que, uma por uma, foram lançadas com força, contra as vigas do forro. Senti sacudirem-me a cama, e ouvi nas escadas um ruído, como se lançassem para baixo uma grande quantidade de vasos. Entretanto, a escada havia sido retirada, para ninguém poder subir ao meu quarto, estando presa à parede com uma corrente de ferro" (Wette Erl. 59 p.340), (FATO contado pelo próprio reformador em Eisleben, em 1546). O encontro do cão preto se deu em circunstâncias estranhas: o bicho teria procurado um lugar no leito de Lutero, que jeitosamente o teria retirado dali, jogando-o fora, através da janela, sem o menor ganido da parte do animal. Foi, parece, um diabinho manso e inofensivo que se deixou lançar assim para fora. Nada mais se pôde encontrar do cão, após a queda, nem mesmo vestígios. Lutero tinha a certeza de se tratar de um diabo, em carne, pelo e osso (Köstlin-Karveran I. 440, 1903).   4. Referem ainda que um dia apareceu-lhe o demônio em pessoa, talvez para parabenizá-lo pela obra encetada, toda em benefício de satanás; nesta ocasião, tomado de horror e de medo, num acesso de raiva, teria Lutero jogado contra o demônio um tinteiro. A tinta não sujou a carapinha do capeta, mas foi o recipiente quebrar-se de encontro à parede, onde ficaram os sinais distintivos do seu conteúdo – uma grande mancha negra.                                                                                                                      5. Seja como for, Lutero via demônios em toda parte. No opúsculo contra o duque de Brunswick, o demônio teve a honra de ser nomeado 146 vezes; no livro dos Concílio em 4 linhas fala Lutero 15 vezes a respeito de diabos. Os adversários da reforma têm o “coração satanizado e super-satanizado" Noutra parte ufana-se Lutero de nunca ter descontentado o príncipe das trevas que o acompanha sempre. Tal disposição doentia, aumentada pelo isolamento em que vivia, como pela lembrança dos últimos acontecimentos, da sua excomunhão pelo Papa, da condenação pelo Edito de Worms, dos perigos que o ameaçavam, da incerteza do futuro, tudo isto devia necessariamente aumentar a demasiada tensão dos nervos e exaltar a imaginação ardente. Seja como for, por certo estava ele com direito a uma aparição do espírito das trevas, a fim de parabenizá-lo pela obra diabólica de revolta que estava efetuando no mundo, e pela perdição de milhares de almas que tal empresa iria acarretar. Se o demônio não lhe apareceu, não é porque lhe tenha faltado vontade para tal, mas apenas porque Deus não permitiu.                                                                                                                              6. Ele escreve a Melanchton:"Corporalmente estou com saúde e sou bem tratado, porém as tentações e o pecado não me deixam em paz" (Cartas II.189). “Acredite-me, nesta solidão aborrecedora, estou sujeito às tentações de mil demônios... É muito mais fácil lutar contra homens que são diabos em carne, do que contra os poderes da milícia que habita o ar” (Eph. VI. 12). Caio muitas vezes, mas a mão do Senhor me levanta de novo! (Carta III.240. A. Gerbal). É, então, que ele dirige a Melanchton o famoso ditado: PECA FORTITER, CREDE FORTIUS – (peca fortemente, mas crê mais fortemente ainda). É aí, sobretudo, na ociosidade de seu desterro, que Lutero começa a entregar-se desabridamente às paixões vergonhosas da luxúria, como o atesta a sua correspondência íntima. Em 1522 ele escreveu a seu amigo Spalatino a carta mais falhofeira e vergonhosa que se pode imaginar onde se lê: "Sou um famoso namorador... Admiro-me que, escrevendo tantas vezes sobre o matrimônio, et misceor feminis, não tenha ainda virado mulher e tenha casado com uma delas”. “Entretanto, se queres o meu exemplo, tem o seguinte: TIVE JÁ TRÊS ESPOSAS AO MESMO TEMPO, e as amava tão ardentemente que perdi duas delas, que foram procurar outros maridos..”. “Quanto a ti, és um namorador mole não tendo sequer a coragem de ser marido de uma só" (De Wette II. 646).                                                                                                                      7. "Quando o diabo te vexar com pensamento", diz ele, "palestra com os amigos, bebe mais largamente, joga, brinca ou ocupa-te em alguma coisa. De quando em quando se deve beber com maior abundância, jogar, divertir-se, e mesmo fazer algum pecado em ódio e acinte ao diabo, para não lhe darmos azo de pertubar-nos a consciência com ninharias. Quando te disser o diabo: Não bebas, responde-lhe: Por isso mesmo que me proíbes, é que hei de beber, e em nome Jesus Cristo beberei mais copiosamente... Por que pensar que eu bebo assim com mais largueza, cavaqueio com mais liberdade, banqueteiome com mais freqüência, senão para vexar e ridicularizar o demônio que me quer vexar e ridicularizar?... “TODO O DECÁLOGO SE NOS DEVE APAGAR DOS OLHOS E DA ALMA, a nós tão perseguidos e molestados pelo diabo” (De Wette IV. 188). 8. Münzer não poupou Lutero. Eis um simples tópico escrito contra ele, zombando de seu orgulho: “Com toda a sua hipócrita humildade ele se apresenta como um papa, que entrega aos príncipes conventos e igrejas. Fala da “nossa proteção”, como se fosse um príncipe. E, seu orgulho apresenta-se, como se houvesse nascido estrela. O pretensiosíssimo sábio e doutor, o mentiroso Lutero, caça e persegue os demais. Como cão do inferno ou uma serpente que se arrasta por cima dos rochedos”. Em outro lugar ele chama Lutero: “A virgem Martin”... Que virgem pura... o monge sem vergonha partidário dos ricos e suculentos festins”. Lutero não se deixou suplantar em insultos, pois nisto era invencível. A discussão tornou-se, sobretudo violenta contra Zwínglio. Mandaram-se ambos, devotamente, ao diabo, cada qual com maior vontade. (Audin: Luther II. p. 356). Em uma conferência, que tiveram em Marburg, insultaram-se com horríveis anátemas, tratando-se de: diabo, filho de satã, etc... E talvez os dois tivessem razão. “Zwínglio é um individuo satanizado, insatanizado, supersatanizado”, dizia o chefe da reforma. “Lutero está possuído do demônio, parece uma porco grunhindo, num jardim de flores”, retorquia Zwínglio. Ao saber da morte de Zwínglio que tombara no campo de batalha quando, à frente de suas tropas, tentava invadir a Suíça para protestantizá-la, o chefe exclamou: “É bom que Zwínglio a Carlostadt fique esmagados... Zwínglio morreu como um assassino, porque quis forçar os outros a abraçarem os seus erros (Schlaginhhaufen Aufzeichnungem p. I). E, assim por diante. Contentemos-nos com esta amostra da linguagem desabrida dos primeiros protestantes.                                              9. O ICONOCLASTA CARLOSTADT: Eis outro monstro protestante, notório discípulo do reformador, cuja doutrina aplicou antes dele. Foi obrigado a fugir, tornando-se depois inimigo de seu mestre, pelas divergências ideológicas. O seu verdadeiro nome era André Bodenstein. Era um padre apóstata, Arcediago de Wittemberg e que levou, como o seu mestre, igual vida de mancebia pública. No ano de 1521 Carlostadt, o monge apóstata Dídimo, e mais um troço de estudantes e camponeses fanatizados, penetraram nas igrejas, pulverizaram as imagens e estátuas, desmantelaram aos altares, cometendo toda a sorte de roubos sacrílegos; arrasaram mais de mil conventos; incendiaram mais de 300 igrejas e destruíram inúmeros tesouros de manuscritos das bibliotecas. Foi a chamada guerra dos camponeses, que se estendeu a diversas províncias da Alemanha. Neste luta fratricida morreram mais de 50.000 homens, iludidos pelos cruéis anabatistas, que procuravam restabelecer a república, sem poder civil e sem autoridade eclesiástica. Cada qual devia viver sem regra, sem lei, no mais absoluto comunismo, NÃO SÓ QUANTO AOS BENS DA FORTUNA, MAS ATÉ QUANTO ÀS MULHERES. Do alto do púlpito, Dídimo aconselhou aos pais de família afastasse os filhos dos estudos de humanidades; Carlostadt declarou guerra a todos os conhecimentos humanos: era a dissolução das Universidades, que logo começaram a desmembrar-se. Melanchton, falando de Carlostadt, diz que: ”... era um homem brutal, desprovido de talento e conhecimentos, e que, muito longe de ter o espírito de Deus, não conhecia nem praticava os deveres inerentes à vida civilizada. Dava provas evidentes de impiedade, condenava todas as leis estabelecidas pelo pagõas e tomava como regra única a lei de Moisés”. Lutero, mais expressivo ainda, ao julgar este seu fiel discípulo: “Carlostadt”, disse ele, “se entregou ao seu modo de pensar reprovado. Penso que o pobre do homem tem o diabo na barriga (sic). Tenha Deus piedade de seu pecado que é de morte” (Audin: Hist. Luth. P.457). Quando Nicolau Stock começou a seita dos anabatistas, Carlostadt abraçou-a. Os luteranos dizem dele: “Não se pode negar que Carlostadt tenha sido estrangulado pelo demônio”. É o bastante para se julgar o que foi o feroz herege.                                          10. CALVINO: O calvinista Galiffe fala assim de seu pai e mestre: “Calvino é um homem sedento de sangue, criminalmente famoso, sobremaneira intolerante, a cujas vistas ninguém podia ocultar-se; era difícil a alguém livrar-se de sua inexorável vingança” (Gal. Not. Glenealog. Ed. 1836 t. III. P. 21). Bucero, amicíssimo de Calvino, atesta que era escrito maledicente e a figura mais triste da reforma. Suas cartas provam arrogância e orgulho desmedidos, e quem o contradissesse era mimoseado com os epítetos de: PORCO, NASNO, CÃO, TOURO, BÊBADO, ENDEMONIADO. A Westphale, luterano, que o chamou declamador, ele respondeu nestes termos: “Tua escola é um fétido chiqueiro... ouves-me, cão? Ouves-me, frenético? Ouves-me, animal?” Querendo dar-se ares de taumaturgo, pretendeu realizar um dia publicamente um milagre, fazendo reviver um companheiro das suas devassidões, chamado Brulé. Para isso, este se fingira de morto, e sua mulher, cúmplice da hipocrisia, ficou chorando perto do pretenso cadáver do marido, na ocasião em que Calvino passava por ali. Soluçado, a mulher dirigiu-se a Calvino, comunicando-lhe a morte de seu marido. Este consolou-a, dizendo que ia ressuscitar o defunto, para provar a sua missão de reformador. Aproximando-se do morto simulado, ordenou, em nome de Deus, que ele se levantasse; mas... Infelizmente, por castigo de Deus, o homem ficara realmente morto. A mulher, exasperada, proclamou em altas vozes a sacrílega hipocrisia. (Narrada pelo santo Cardeal Belarmino). A história do médico Servet dá testemunho do espírito vingativo do apóstata. Servet (Miguel Vilanova) havia escrito uma livro contra os erros de Calvino. Este jurou matá-lo. Enviou uma carta ao cardeal Tournon, vice-rei da França, acusando Servet de heresia, o que fez exclamar o Cardeal: “Um herege acusando outro”. Pouco depois Servet foi preso em Viena, por ordem de Calvino, e, poucos dias após, condenado à morte, a fogo lento, e executado com grande satisfação do herege. O seu mestre, que lhe havia inspirado a heresia, fala dele neste termos: “Calvino é violento e perverso, mas, tanto melhor, é este o homem de que precisamos para dar impulso à nossa reforma”. Calvino é a mais asquerosa figura que apresentou a pretensa reforma protestante: verdadeiro monstro de corrupção e de hipocrisia. Todos os seus passos eram calculados, e dizia-se que os seus olhos, despedindo uma chama impura, lançavam olhares mortais. O fim de Calvino foi a digna conclusão de uma tal vida. Vivera na lama, morreu na podridão. Eis com que termos ela foi descrita pelo protestante Schlussemburg: “Tal foi o golpe com que Deus feriu Calvino, com a sua mão poderosa, que ele exalou miseravelmente sua má alma, desesperado de sua salvação, invocando os demônios e proferindo imprecações as mais execráveis, e blasfêmias as mais horrorosas”. “Ele morreu de febre maligna, devorado, de modo mais ignóbil e degradante, por um formigueiro de vermes, e consumido por abscessos ulcerosos, cujo infecto nenhum dos assistentes podia suportar” (Th. Calvino 1594, t.2l. p. 72). Esta narração é confirmada por um discípulo de Calvino, João Harem, testemunha ocular de sua morte e que assim se refere: “Calvino morreu como desesperado, tendo uma dessas mortes vergonhosas e degradantes com que Deus pune os ímpios e os reprovados, depois de ter sido atormentado por longos e horríveis sofrimentos: eu o posso atestar, em verdade, porque vi com meus próprios olhos seu fim funesto e trágico”(Horenius, vida de Calvino) Diz ainda o mesmo Horenius: “Calvino, infeliz Calvino! Só quem estiver cego deixará de ter na história as passagens mais infamantes que pesam sobre esse homem fundador do presbiterinismo”.                                                    11. ZWINGLIO; Insurgiu-se contra a autoridade eclesiástica e passou a viver escandalosamente, com uma mulher perdida de nome Ana Reinard, viúva de um magistrado, e desta mulher teve um filho (Darras; Hist. Egr. t. 33). Acompanhado de grande número de camponeses protestantizados, Zwinglio entrou nas igrejas e destruiu as imagens e estátuas dos santos e os altares, revolucionando a Suiça toda. Em 11 de outubro de 1531 morreu o apóstata, ferido na batalha de Cappel, por ele provocada, para invadir 4 distritos católicos; neste combate tomou parte ativa; seu corpo foi apanhado e carbonizado pelos vencedores. Assim terminou o escândalo do turbulento chefe e fundador do protestantismo na Suiça. Zwinglio foi um dos que mais atacaram as prerrogativas de Maria Santíssima, negando-lhe a possibilidade de ser virgem. Lutero, apreciando o seu digno êmulo e discípulo, disse: “Não posso ler os livros desse homem. São claramente opotos à Igreja. Não somente são condenáveis, mas ainda se tornam causa da perdição para muito infelizes”, “Zwinglio”, diz ele em outra parte, “morreu e foi condenado”. Note-se que Zwinglio é considerado uma estrela brilhantíssima da seita e um dos seus fundadores, isto é, um homem que dizem ter sido mandado por Deus para extirpar os abusos da Igreja Católica e restabelecer, em toda a sua pureza, a moral evangélica.                                                                                                      12. MARTINHO BUCERO era frade dominicano; para seguir Lutero, abandonou o hábito e casou-se “A FIM DE MORTIFICAR A CARNE” Morreu de peste. Como professor de teologia na Inglaterra, para onde chamara Cranmer, ensinou que DEUS É O VERDADEIRO AUTOR DO PECADO e a ele é que devem ser imputadas as faltas dos homens. CAPITÃO era cônego e até deão do Cabido de Mogúncia, quando se declarou pela reforma. Era muito amigo de Ecolampádio, cuja mulher desposou quando ele faleceu, sem dúvida como bom evangélico, “UT SUSCITARET SEMEN FRATRI SUO” (para lhe dar descendentes). AMSDORF, a quem Lutero tinha feito bispo, foi o chefe da SEITA ANTINOMIANA que rejeitava o DECÁLOGO, por bastar a fé e que tudo justifica. Eis em que termos os teólogos protestantes expõem o ensino antinomiano: “Ainda que sejas uma prostituta ou um debochado, adúltero ou pecador impenitente, é bastante teres fé, e estarás no caminho da salvação. Embora cheio de pecados até ao pescoço, se creres, serás salvo. Manda os mandamentos ao diabo”. “Só a incredulidade torno o homem mau, e, como só a fé justifica, ninguém peca senão pela incredulidade” (De Antinomia p.90 e 98) Morreu, lamentando-se de que todos os vícios e particularmente a bebedeira, a libertinagem e a usura se tivessem assenhoreado do povo evangélico (De Antinomia p. 68 e 77). ECOLAMPÁDIO, tornando-se apóstata, fugiu do convento, fez-se discípulo de Zwínglio e logo se apaixonou por uma moça com que se casou sacrilegamente, o que fez Erasmo dizer: “Parece que a reforma tem por fim tirar o hábito de alguns monges e casar alguns padres. Esta grande tragédia termina sempre por acontecimento cômico, pois tudo acaba no casamento, como nas comédias” (Dillinger. A Reforma t. II, p. 113). Desde esse tempo, sua vida foi um tecido de dissimulações, morrendo subitamente, ao lado da mulher com quem se unira. “Tal foi”, disse Lutero, “o triste fim de ECOLAMPÁDIO, enganado pelo diabo em punição aos seus deboches” (Bossuet Hist. Várias I. II. parágr. 26) THEODORO BEZA, “alter ego” de Calvino, nascido em Vezelay de Borgonha, teve Wolmar por mestre, e desde muito moço mostrou-se o libertino que viria a ser. Fugiu de Paris com madame Cláudia, mulher de um alfaiate, e com ela se casou em Genebra, estando ainda vivo o primeiro marido dela. Esta mulher teve de sofrer muito por causa do número não vulgar DAS VIRTUOSAS que freqüentavam a casa de seu marido (Audin, Hist. Lutero, t. II, p.286). Finalmente HESHUSIUS escreve a respeito de Beza o seguinte: “Beza, por causa de seus depravados costumes, foi a desonra das honestas disciplinas; não satisfeito de, como animal imundo, se enlodar no lamaçal das mais vergonhosas torpezas, quis ainda contaminar com suas infâmias os ouvidos da mocidade estudiosa” (C.Schlusselburg). “Tomás Cranmer (o braço direito de Henrique VIII), antes de ser sacerdote, foi casado.”, diz Cobbet, “Depois de ordenado e feito VOTO DE CELIBATO, residindo na Alemanha, e tendo-se feito protestante, casou-se, ou, melhor, “juntouse” a uma mulher” (Filemann Heshusius, “Da Verdadeira e Sã Confissão”). Foi nomeado bispo de Cantorbery, iludindo a Sá Romana e declarando que a nada obrigava o seu juramento de obediência. Foi um adulador das paixões e caprichos de Henrique VIII. Em 1535 proclamou a nulidade do casamento da Ana Bolena, como antes declarara nulo o de Catarina de Aragão. E, 1540 anulou ainda outro casamento de Henrique com Ana de Cleves e, em 1541, mais um do rei com Catarina Howard.                                                                                      13. Lutero, diz o protestante Plank, morreu de uma doença que provinha de não poder mais o seu corpo servir de asilo a uma alma, desde muito dilacerada pelas paixões mais vis. (História da origem da reforma por Dr. G. T. Palnk: ed. 1816 P. II. p. 507). Calvino, escreve Horenius, acabando a vida no desespero, morreu de torpe e vergonhosíssima doença. .. Isto eu posso certificar com toda a verdade, porque vi, com meus olhos, o seu fim funesto e trágico. (João Horenius: Vida de Calvino). Zwínglio, por testemunho de Lutero, morreu e foi condenado. (Hospinianus: carta VI. 190). Carlostadt, dizem os luteranos, foi estrangulado pelo demônio. Henrique VIII, conforme conta o inglês Cobbet, alguns anos antes de morrer, vítima de sua devassidão e intemperança, ficou reduzido a uma massa de carne putrefata... e, quando estava para morrer ninguém se atreveu a desengana-lo. e faleceu sem que o suspeitasse (Cobbel: Op. cit. carta VI. 190).

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